Depoimento - PAULA RIBEIRO - 27 divisão - Campo Grande - MS
Meu nome é Paula Ribeiro, sou da 17ª Divisão, Ingressei no Ensinamento a 27 anos por motivo de acidente. E recebi orientação que toda família que tem muito acidente, tem carma de briga. E que são pessoas que realmente tem missão de ajudar pessoas e não ajudam. Com isso, também fui orientada a praticar, a graduar os meus afiliados e dar graduação para os meus antepassados. Quando a gente começa a praticar, as coisas começam aparecer. e buscando nome de antepassado, e sabendo a história de como viveram os meus antepassados, descobri que na minha família tem muito carma de briga de terra que foram herdadas. Nessa época, teve uma conscientização em São Paulo que veio a Presidente Yae Hamaguchi, e eu não pude participar, porque não preenchia os requisitos solicitados. Então, eu decidi que eu ia fazer penitência esses dias e pedi que se realmente o Ensinamento fosse verdadeiro, que eu queria ter uma resposta. Esse dia, era 18 de maio. E no dia 18 de maio,eu tenho um nome no meu Kakotyô (Livro de nomes póstumos) que eu nunca soube quem era. E esse dia, eu tive uma intuição de perguntar para uma tia minha que estava muito doente. Ela tinha 89 anos. Ai eu fui perguntar para ela e ela disse assim: "Essa pessoa, foi a primeira mulher do meu pai. E ela era nova, tinha 18 anos e estava grávida e morava na fazenda". Naquela época, em 1890 por ai, ela passou mal durante o parto, dizem que ela gritava muito. E quando foram acudir, ela já estava morrendo com as crianças na barriga. E descobriram que eram gêmeos. E na minha família, ninguém sabia dessa história. Após a morte dela, meu avô ficou com o dote (herança) e casou novamente e teve 13 filhos. Graças ao dote recebido (herança), juntou um fortuna e quando morreu, ele deixou uma fazenda grande para cada filho. Minha tia me contou essa história no dia 18 de maio e após 4 dias veio a falecer. Então, eu comecei a contar para a família sobre esse relato. Ninguém sabia que meu avô tinha tido uma primeira esposa. Ai, foi quando eu entendi que nossa missão é salvar os nossos antepassados entendendo o sofrimento deles. A minha filha caçula, já estava casada havia 5 anos e não conseguia engravidar. Nessa época, após entender o sofrimento desse antepassado e trabalhando com a graduação dos afilhados, ela conseguiu engravidar. Ela engravidou de gêmeos e teve dificuldades durante a gravidez e também no parto, onde os bebes já estavam em risco. No dia do nascimento dos meus netos, foi um dia de temporal, eu estava fora da minha cidade fazendo penitência e tive dificuldade para chegar a tempo. O médico e o anestesista não chegavam no hospital porque bateu o carro durante o trajeto. Assim eu entendi que nosso Ensinamento é tão verdadeiro, que quando a gente consegue salvar um antepassado, ele torce por nós. Porque se demorasse mais um minuto, cinco minutos, teria problemas e repetindo o mesmo sofrimento do antepassado da primeira mulher do meu avô. Em novembro de 2014, nós tivemos uma conscientização de Shibutyôs em Campo Grande, com a assistentes da sede de São Paulo. Nessa conscientização, me perguntaram se realmente eu tinha condições de fazer "Sangue", que era a auto-reflexão. Então, pela primeira vez, perante os Shibutyôs da 27ª Divisão, eu fiz essa auto-reflexão, de pedir perdão para todos os Shibutyôs. Que graças ao Ensinamento, muitas coisas eu consegui desviar. Mas eu ainda tenho esse caráter duro, esse caráter de briga. Eu quero corrigir isso em mim. A partir de agora, eu quero levar esse Ensinamento e cumprir com a missão de Shibutyô, como nos foi orientado. A importância da missão do Shibutyô é de ir atrás dos afilhados, não desistir, fazer penitência completa. Porque eu tenho esse carma, de não fazer as coisas até o final. Na conscientização de Shibutyôs deste ano, tivemos orientação de não desistir. Por exemplo, se sua Hozashu tem 80 afilhados e visitou 79 afilhados que não quiseram. Mas falta um, e esse um é que pode ser um grande Bosatsu. Então, realmente, eu quero por em prática isso que eu aprendi nessa conscientização. Com essa pratica de auto-reflexão e de ir atrás dos afilhados, duas Hozashu voltaram a praticar. E os afilhados abaixo estão todos voltando e fazendo mitibiki. Então realmente, tudo esta dentro da gente mesmo. Quando a gente entende e realmente se arrepende, o grupo começa andar. Eu sempre ouvi, como o rosário, quando a cabeça mexe, tudo mexe. As pontas são todas ligadas. Então realmente eu quero pedir muito perdão por meu atraso. Vou caminhar abaixo, fazendo graduados com conteúdo. Muito obridada.
Jornal 159 - 2015
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